O começo de tudo...


Me chamo Eloise, tenho trinta e poucos anos, casada com o Paulo e mãe do Arthur de 3 anos e meio. Nasci em Curitiba, mas moro em Umuarama, interior do PR.

Desde pequena convivo com linhas, tecidos, lãs e muitas costuras. Minha mãe é costureira, não por opção mas talvez por falta de oportunidades. Minha mãe era a única filha "mulher" no meio de 4 irmãos e naquele tempo homem estudava e mulher aprendia a cuidar da casa, do marido e costurar para ajudar nas despesas do lar.

Mesmo depois que casou, mudou-se para a capital, minha mãe continuou com as costuras e isso ajudou no orçamento da casa. Lembro-me que quando pequena eu pegava uma cadeirinha e sentava ao lado dela na máquina de costura e dizia: "Quando eu crescer, EU que vou costurar e você vai ficar olhando".
O tempo passou, as horas ao lado da minha mãe observando como ela costurava deram lugar aos livros, as aulas, aos passeios e meio que sem querer me afastei daquele mundo. Cursei magistério, Normal Superior, dei aulas, amo cada um dos meus alunos. Um tempo depois optei pela Veterinária, profissão que me permitiu amar seres que não pedem nada em troca... Mas mesmo realizando todos esses sonhos, tendo duas profissões algo faltava dentro de mim.

Casei, fiz o caminho inverso ao da minha mãe, voltei para o interior, mais longe ainda da capital. E me vi grávida, realizando mais um dos sonhos, o de ser mãe. No meio da gestação, como boa parte das mães de "primeira viagem" descobri quartos de bebês, decorações maravilhosas e aquela vontade de comprar tudo, mas dentro de mim pensava... como eu queria saber fazer tudo isso, modificaria aqui, trocaria o tom ali, etc.

Em um dos telefonemas para a minha mãe ela disse: "Filha, quer uma máquina de costura?", meio sem jeito eu disse que não, que não sabia nem ligar. Mas fiquei com aquela ideia... fui pesquisar preços e acabei ganhando a minha primeira máquina. Já estava no final da gestação e a primeira costura que saiu foram os saquinhos que levei as roupinhas do meu filho para a maternidade. Não eram perfeitos, mas eram o despertar de um antigo sonho:


 De lá para cá, venho realizando sonhos, da primeira máquina que minha mãe me deu já consegui mais três. Tento aprender um pouco a cada dia, a fazer para os outros como se fosse para mim, para o meu filho... Os saquinhos para as primeiras roupinhas do bebê são minha paixão... estou melhorando.








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