"Esta menina tão pequenina quer ser bailarina..."


Sumida, eu... imagina...rs
Quando optei pelo artesanato, ou quando ele tomou conta de mim... não sei bem ao certo. Achei que teria tempo para fazer tudo: casa, filho, marido, igreja e costurar tudo que eu desejasse.

Quem me conhece sabe que não sei dizer "não"... acabo ajudando todos e fazendo de tudo. Isso trouxe alguns problemas, passei vários dias com dores na coluna... dores fortes que me impediam de fazer qualquer coisa. Por não poder cumprir com os compromissos acabei ficando ainda mais nervosa, com mais dores, etc.

Mas Graças a Deus tudo está passando. Encomendas em dia, menos encomendas do que o normal... já que não posso passar noites em claro costurando como fazia por várias vezes na mesma semana. Claro que é difícil dormir... deito e fico pensando nos tecidos e projetos.

Mas vamos a encomenda que acabo de finalizar...


Um enxoval mega fofo para uma princesinha que ainda na barriga "já quer ser bailarina".

Nos meus trabalhos é difícil ver fitas, brilho e babados... mas para uma pequena bailarina vale tudo. Para esse trabalho troquei apliques em tecido com ponto caseado por bordados a máquina. Estava com receio do resultado final... mas fiquei apaixonada.

Para quem acha que a bordadeira doméstica é menos "artesanal" vou de dizer que trocar a cor da linha, combinar cores e centralizar cada bordado faz toda a diferença...

Espero que assim como eu a mamãe e a titia que encomendou se apaixonem por cada detalhe... o kit tem vários itens:

* Trocador de bolsa:






* Toalha fralda:

* Fraldas grandes e babitas/ fralda de boca




Nada melhor do que Cecília Meireles para encerrar essa postagem:


A bailarina


Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.

                                            Cecília Meireles





Do filho para as bonecas...


Primeiramente quero me desculpar pela demora... Família, filho, costurices... tive que organizar as coisas aqui, a minha prioridade é minha família, eu optei por trabalhar em casa para ter mais tempo com meu filho. Mas como a maioria das amigas artesãs acabei me envolvendo tanto com o artesanato, que passava noites em claro para dar conta das encomendas... isso estava afetando o meu humor e consequentemente a atenção que dava ao meu filho. Decidi que as noites serão dele, após ele chegar da escola tenho tentado brincar, passear, cozinhar... fazer um pouco de tudo que uma criança precisa.

Mas vamos a postagem de hoje....

Há uns 7 anos atrás, ao levar a minha sobrinha para passear em um parquinho, desses de bairro onde mães, filhos, cães passam as tardes de sábado. Vi uma mãe com duas crianças, uma delas usando fraldas de pano... fiquei mega curiosa com aquilo. Fiz algumas perguntas de como funcionava e qual o motivo.
Nessa época eu nem tinha pretensão de casar, ter filhos, etc... mas acabei pesquisando para conhecer um pouco mais.

Os anos se passaram... casei e engravidei do Arthur. Aquela lembrança das fraldas de pano "do parquinho" voltaram. E eu decidi que essa seria minha escolha, pela saúde do meu filho, pela natureza e por achá-las lindas... Cheguei a fazer um blog para contar um pouco sobre elas...

Com a vinda das costurices cheguei a fazer algumas fraldas para o Arthur, mas como tem muitas amigas que fazem produtos ótimos para bebês e outras que vendem lindas fraldinhas importadas... não fiz para venda


.
Porém, ao ver minha sobrinha comprando fraldas descartáveis para a boneca... Não poderia deixar de pensar nelas... Como assim? Fraldas descartáveis, que geram um grande volume de lixo, agora na versão bonecas? Para trocar milhares de vezes?

Foi então que surgiu a ideia de fazer fraldas de pano para as bonecas....Após algumas adaptações surgiram as fofíssimas "mini fraldas de pano para bonecas" que vem acompanhadas de vestidinho... porque crianças adoram trocar de roupa. (sim crianças - boneca não é só para meninas).














Está na hora de dormir...


Nada melhor do que uma boa noite de sono...

Independente se a criança dorme sozinha, no quarto dos pais ou na cama deles o importante é uma boa noite de sono.



Lembro-me que quando criança eu gostava de dormir com uma camisola da minha mãe. Sei de crianças que dormem com cobertores, fraldinhas e naninhas (aquela bonequinha ou bichinho fofinho para dormir).

Há pouco mais de um ano recebi um pedido especial, uma naninha... Quem tem filhos sabe, que não basta ter naninha, precisa andar com ela o dia todo, arrastar no chão, brincar, passear.... e nessas idas e vindas nem sempre as naninhas duram o tempo que deveriam.

Desde o primeiro pedido já fiz várias e algumas capinhas novas para elas, sempre que me pedem naninhas me sinto orgulhosa em costurar mimos tão especiais.


Um dia desses meu filho resolveu fazer uma nova, na verdade um... o Léo, um monstrinho de feltro que eu apenas ajudei a fazer.


Para quem quer saber um pouco mais sobre, aqui tem um texto bem interessante.

E você? Quando criança qual era seu objeto preferido na hora de dormir?


Sobrinhos que encantam...


Para quem não é mãe ainda, mas tem sobrinhos por perto... sabe que é tudo de bom. É um ser tão fofo, tão esperado que a gente ama como se fosse da gente...

Comigo não foi diferente, tenho dois sobrinhos já adultos, e dois pequenos... uma em especial, a Bianca. Com ela tenho aquela sintonia de tia, aquele amor desde quando ela estava na barriga...e pedido de sobrinha "é uma ordem".

Foi atendendo a um desses pedidos que no meio das minhas primeiras costurinhas surgiu um avental para ela.


Depois de me tornar mãe descobri que cozinhar para os filhos e com eles é uma das melhores coisas que podemos fazer. Meu filho ama fazer pães, bolos e outras receitas. Como sou celíaca aqui em casa é tudo sem glúten, mas nem por isso deixo de ter momentos na cozinha com meu filho. Os aventais já "evoluiram também"...




Que tal aproveitar a fim de semana e fazer uma receita saudável com os filhos? Sinto que quando as crianças participam na hora do preparo dos alimentos tudo fica mais gostoso, elas amam provar as comidas que fizeram.

Uma das receitas que faço bastante aqui é o Bolo de Agrião (a versão verde do bolo de cenoura - que aprendi com a amiga Jô do Empório Embaúba)... segue a receita:

Ingredientes: 
1/2 maço de agrião ou espinafre
4 gemas
15 ml de óleo 
2 xícaras de açúcar (costumo usar o mascavo ou demerara)
2 xícaras de creme de arroz (ou farinha)
4 claras em neve
1 colher do sopa de fermento em pó


Modo de preparo:
Bater no liquidificador as gemas, o óleo e o agrião. Acrescentar o açúcar e bater novamente. Em uma tigela acrescentar a farinha, misturando bem. Por último incorporar as claras em neve na mistura e adicionar o fermento.
Assar em forno médio por aproximadamente 30 minutos.

Depois de pronto...

Aprovadíssimo!!




O começo de tudo...


Me chamo Eloise, tenho trinta e poucos anos, casada com o Paulo e mãe do Arthur de 3 anos e meio. Nasci em Curitiba, mas moro em Umuarama, interior do PR.

Desde pequena convivo com linhas, tecidos, lãs e muitas costuras. Minha mãe é costureira, não por opção mas talvez por falta de oportunidades. Minha mãe era a única filha "mulher" no meio de 4 irmãos e naquele tempo homem estudava e mulher aprendia a cuidar da casa, do marido e costurar para ajudar nas despesas do lar.

Mesmo depois que casou, mudou-se para a capital, minha mãe continuou com as costuras e isso ajudou no orçamento da casa. Lembro-me que quando pequena eu pegava uma cadeirinha e sentava ao lado dela na máquina de costura e dizia: "Quando eu crescer, EU que vou costurar e você vai ficar olhando".
O tempo passou, as horas ao lado da minha mãe observando como ela costurava deram lugar aos livros, as aulas, aos passeios e meio que sem querer me afastei daquele mundo. Cursei magistério, Normal Superior, dei aulas, amo cada um dos meus alunos. Um tempo depois optei pela Veterinária, profissão que me permitiu amar seres que não pedem nada em troca... Mas mesmo realizando todos esses sonhos, tendo duas profissões algo faltava dentro de mim.

Casei, fiz o caminho inverso ao da minha mãe, voltei para o interior, mais longe ainda da capital. E me vi grávida, realizando mais um dos sonhos, o de ser mãe. No meio da gestação, como boa parte das mães de "primeira viagem" descobri quartos de bebês, decorações maravilhosas e aquela vontade de comprar tudo, mas dentro de mim pensava... como eu queria saber fazer tudo isso, modificaria aqui, trocaria o tom ali, etc.

Em um dos telefonemas para a minha mãe ela disse: "Filha, quer uma máquina de costura?", meio sem jeito eu disse que não, que não sabia nem ligar. Mas fiquei com aquela ideia... fui pesquisar preços e acabei ganhando a minha primeira máquina. Já estava no final da gestação e a primeira costura que saiu foram os saquinhos que levei as roupinhas do meu filho para a maternidade. Não eram perfeitos, mas eram o despertar de um antigo sonho:


 De lá para cá, venho realizando sonhos, da primeira máquina que minha mãe me deu já consegui mais três. Tento aprender um pouco a cada dia, a fazer para os outros como se fosse para mim, para o meu filho... Os saquinhos para as primeiras roupinhas do bebê são minha paixão... estou melhorando.